Kanchi no Jutsu

A revolta, a mágoa, a dor de alguém que sempre viu o mundo como um amigo. Não demonstrava isso, mas guardava dentro de si. Para ele, todos os ninjas do mundo eram companheiros. Nunca havia sentido o ódio por alguém. Algo teve de acontecer, para que essa gota, esse último suspiro de esperança pelo mundo apagasse por completo, dentro daquela pobre alma de um simples membro do clã Uchiha. Iria se esconder, eternamente, atrás daqueles olhos, que viriam quanto sentisse o verdadeiro sentido, o qual tantos chamam de ódio.”
Aos poucos o garoto ia realmente tendo conhecimento sobre suas verdadeiras capacidades. Vários eventos aconteceram, e provaram que, por mais que tentasse, ainda estava longe do poder que visava conquistar. Ele não sabia, mas era dessa forma – rodeado de dúvidas – que o garoto realmente iria descobrir o verdadeiro significado da palavra poder.
Afinal, seria necessário que o garoto deixa-se com que aquilo o controlasse? Aceitar aquilo que não podemos controlar,  “aceitar aquilo que não podermos controlar.” Madara estava sentado em sua cama, olhando atentamente a janela, por onde era possível ver os pássaros e as folhas de uma árvore, que balançavam com o vento. E então, o sono decaiu sobre o garoto, que deitou em sua cama, e adormeceu.

Acordou, acorrentado, em um local completamente escuro e aparentemente úmido. Haviam janelas, mas que eram completamente cobertas, impedindo com que qualquer tipo de luz solar entrasse naquele local. Foi aos poucos que pode notar que não era o único ali presente, mais homens – somente homens – também estavam ali, presos à parede por pesadas correntes. Ninguém sabia o que realmente estava acontecendo ali, foi quando um grito de dor ecoou pelo local. Um único grito, mas que perdurou por mais de dez segundos. O barulho das correntes sendo arrastas pelo chão era notável, estaria um daqueles homens se arrastando pela masmorra, fugindo de outro ser, mas que carregava consigo um enorme machado. Era visível o que iria acontecer ali, todos aqueles homens acorrentados iriam acabar mortos, se não conseguissem fugir.
Todos os acorrentados começaram a se debater contra a parede, estavam desesperados, nem ao menos sabiam o motivo de estarem ali, porém, o óbvio era inevitável. Quando mais tentavam sair, mais presos pareciam ficar. Mais gritos de dor eram ouvidos no local, e aquele ser com o machado ia levando consigo cada vez mais homens presos. Até o momento em que, um desses homens, era Modake.
Fora levado para uma sala qualquer, que tinha somente uma cadeira, onde Madara fora amarrado, era ali, que determinara seu próprio fim. O homem, com seu machado, levantou o mesmo, e então quando realizou um golpe contra o pescoço do garoto,

Um susto fez com que o garoto levantasse rapidamente de sua cama, e se livrasse daquele pesadelo terrível. Nada de mais acontecera, fora somente um sonho, nada com que tivesse de se preocupar realmente. Já era cedo quando o garoto acordou. Estava suado, não sabia por quanto tempo havia dormido, também não sabia o que fazer naquele momento. Seguir em frente, sim, era essa a escolha mais óbvia. Nada para, inclusive o tempo, não é mesmo?

Algo realmente estranho estava acontecendo, Madara não se sentia como antes. Era como se pudesse sentir as pessoas que passavam pela rua, ele podia determinar quem estava por ali e quem não estava. Era como se pudesse sentir a presença de cada indivíduo próximo, através de uma energia presente em todos naquele momento, o chakra. O que estava acontecendo? Ele não saberia responder naquele instante, mas uma coisa realmente era certa, havia se tornado um ninja Sensor. Ninguém vira um ninja Sensor da noite para o dia, aquele poder deveria estar dentro do garoto à bastante tempo, só precisava de um método mais eficaz para despertar-se, assim como o Sharingan. Isso pouco importava naquele momento, a animação de poder sentir as pessoas era tanta que fez o garoto sair de casa sem retirar o seu pijama somente para testar esse novo poder. A sensação de poder perceber o chakra das pessoas se movendo fez com que o garoto libertasse um sorriso que não era visto a muito tempo.